Bem-estar familiar: #FAIL


Depois que o coração se acalma, as palavras custam mais a sair... Mesmo querendo, eu andava sem assunto para escrever no blog. Isso até alguns minutos atrás...

Todo mundo já me ouviu dizer mil vezes que não quero me casar, não quero ter filhos, que odeio crianças e que não sei se eu teria saco para viver o meu pra sempre com uma mesma pessoa (que tem seus hábitos, manias, defeitos). Sim, é lógico que isso é pura lorota... Qualquer um que convive comigo por mais de algumas semanas logo percebe todo esse meu caráter romantiquinho tosco, que espera por um príncipe encantado que não existe, exceto na minha humilde cabecinha. E não só nota esses meus traços de personalidade, como sabe que, nos próximos anos, o primeiro babaca que aparecer e preencher alguns requisitos básicos (como: parceria, bons pensamentos, visão de futuro, criatividade, humor, etc.) e esvaziar outros (como: meu fôlego e o ar dos meus pulmões) além de me fazer sentir apaixonada por mais de um ano e meio já vai trazer consigo aquela visão linda de família, bebês, um labrador e uma casa de campo.

Mas... a base que tenho para dizer, com tanta propriedade, que não quero casar nem ter tudo o que vem atrelado ao casamento é bem fundamentada em experiências familiares. Para provar isso, vou abrir um fato que aconteceu na minha família...

Eis que essa família tem uma cachorra e eis que essa cachorra é muito tinhosa. Toda noite (faça tempo bom ou ruim) algum membro da família a leva para seu passeio noturno. Em dias de chuva e tempo ruim, naturalmente, a cadelinha é mais resistente... afinal, não é nada agradável sair por aí com o pé gelado e molhado...

Cada um tem seu macete: O patriarca da família, normalmente, toca o interfone para atiçar todo o instinto canino do ataque ao desconhecido... não deixa de ser uma ótima maneira para “chamar” a mascote ao passeio. Ela sempre atende... No entanto, a matriarca, acha mais coerente jogar uma bolinha na calçada, e fomentar, então, o instinto pega, totó. Técnicas à parte, ambas funcionam, exceto quando usadas em conjunto. Quando mamãe e papai se juntam para levar a estimada cachorrinha para passear, além de gerar uma confusão mental na coitada (com tamanhos chamarizes e engodos), sempre, eu disse SEMPRE, causa briga entre os dois.

Hoje não seria diferente. Após diversas tentativas, a cachorra se rendeu, fez o passeio e entrou em casa feliz e sorridente. Enquanto isso, mamãe e papai discutiam o melhor método. Cada um defendia o seu, obviamente. Nenhum dava margem ao entendimento, pois isso era sinal de fraqueza... Sempre foi assim, em pelo menos 16 dos 32 anos de convívio.

A discussão foi esquentando, esquentando... Ouvi a gritaria do quarto e resolvi entrar na briga: “QUE RIDÍCULO, OLHA O MOTIVO DA BRIGA!” Isso soou como pimentinha nos olhos da galera... Uns segundos de silêncio, uma espécie de reflexão... Até que o sossego é rompido por uma voz: “MAS O TEU PAI NUNCA DÁ O BRAÇO A TORCER!”. Indignada, não pensei muito: “MEU PAI NÃO ADMITE. VOCÊ NÃO ADMITE. NINGUÉM ADMITE NADA NESSA CASA!” Mais pimenta. Os papéis visivelmente se inverteram. Lá estava eu, dando sermão na minha mãe e lá estava ela, de volta aos 15 anos, traçando um caminho, sem escalas, ao quarto da minha irmã, batendo e trancando porta.

(...)

Pra concluir: já se passou uma hora e minha mãe continua trancada. Meu pai está jantando, sozinho, na cozinha. E eu estou aqui, deitada ao lado da cachorra-estopim-da-guerra, escrevendo esse monte de porcaria pra você! =)

Até hoje, não conheci nenhum casal feliz para sempre... E eu tenho a péssima mania de fugir de coisas que não estão como eu queria que estivessem... (vide vínculos empregatícios rompidos só em 2009). Ou seja: casamento e Laura não parecem combinar muito bem... Lógico que casar, ser mãe, ter família... deve ter um milhão de momentos felizes. Mas também deve ter esse outro milhão de coisas chatas que eu prefiro escapar.

Um amigo meu, esses dias, definiu casamento como “passar a vida do lado do teu melhor amigo”. Parece bom, né? Porém, quantas vezes você já ouviu alguém falando “que se você tem um amigo, não deve dividir um apartamento com ele”?

(...)

Pensamento final: Quero, num futuro bem próximo, realmente me importar apenas com o que interessa. Sem poupar carinhos e até mesmo brigas ao que vale a pena.

8 retalhinho(s) costurado(s):

Mauro Vaz disse...

É foda, poderia falar aqui mil e uma frases de impacto como "Tudo tem seu lado bom, e seu lado ruim" ou, "É o risco que se corre" ou melhor ainda fazer questionamentos vagos como "Fala isso, por que tu nunca amou de verdade alguem" haha.
Mas a realidade é que casar é dividir sim, caricias e brigas... E isso é a unica coisa certa. Não que ache ruim casar, acho que deve ser legal, só que tem que escolher uma pessoa que tu saiba que um dia irá brigar e não vá ter vontade de dar um tiro nela depois da briga! hahaha. Mesmo assim, quero casar.. sem papel e nem nada... Por que se um dia não er certo, se gasta muito para separar (tem que pensar nisso tambem haha).

LU disse...

hummm...olha... a minha opiniao a respeito eh... Todo mundo casa pq precisa de alguem pra ser DONO. Casamento eh isso.. POSSE. Alguem que nao casa ainda eh considerada (pq especialmente entre as mulheres, que estao com opcoes cada vez mais escassas) POBRE SOLTEIRONA. TITIA... SIM!!! Sou Titia (e agora vou ser mesmo) e daih??? To viajando pq to SOLTEIRA!!!! pq nao tenho filhos...

Mesmo assim... os terei um dia... nao quero morrer sohzinha... e espero que alguem divida cmg esses planos...

Entao, meu conselho eh:
Case com alguem com quem voce goste de conversar, (e que saiba jogar cartas) pq depois que o sexo acaba... eh soh o que vai restar!!!!

=o)

Vai lah..bate na porta... leva um suco pra tua mae. E diz que ama ela... Eu to longe da minha =o(

Bjinhooo

Samuel Rodrigues disse...

o importante é ter um blog pras horas vagas!

Lula Sonego disse...

ehhehe sim, o blog virou uma espécie de sala de análise! =P

Gabriela Oliveira disse...

idem o q a lu disse ...
mas tem q pensar no lado positivo, se fosse por isso tem tanta coisa que a gente se compromete e depois simplesmente mudamos ... acho q nessa história o que vale é o que se sente na hora, e que seja eterno enquanto dure =D

*e água com açucar com a minha mãe ajudava =)

Monique Larentis disse...

colega, pare de mecher no blog em plena sala de aula hihihihhi ^^

LU disse...

Aih.. acho que cansei de desejar... eu to sem esperanca pra nao me decepcionar. Ser solteirona jah fazia parte do meu futuro desde qdo eu tinha 7 anos e cabelo cogumelo. =P

carol mussoi disse...

o mais importante é que a forma de escrever está mto atrativa.

pega o soco da Lu, leva o meu junto e depois diz q ama ela.

;)

se casar e cansar, felizmente casamentos não são eternos. se precisar, depois que o Labrador morrer, vende a casa de campo e SEPARA!!!!


beijooo

Postar um comentário