Sobre patos e tartarugas

Quando se tem setecentas e setenta e sete coisas para serem ditas e simplesmente se esquece como escolher as palavras...

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=)

Bem-estar familiar: #FAIL


Depois que o coração se acalma, as palavras custam mais a sair... Mesmo querendo, eu andava sem assunto para escrever no blog. Isso até alguns minutos atrás...

Todo mundo já me ouviu dizer mil vezes que não quero me casar, não quero ter filhos, que odeio crianças e que não sei se eu teria saco para viver o meu pra sempre com uma mesma pessoa (que tem seus hábitos, manias, defeitos). Sim, é lógico que isso é pura lorota... Qualquer um que convive comigo por mais de algumas semanas logo percebe todo esse meu caráter romantiquinho tosco, que espera por um príncipe encantado que não existe, exceto na minha humilde cabecinha. E não só nota esses meus traços de personalidade, como sabe que, nos próximos anos, o primeiro babaca que aparecer e preencher alguns requisitos básicos (como: parceria, bons pensamentos, visão de futuro, criatividade, humor, etc.) e esvaziar outros (como: meu fôlego e o ar dos meus pulmões) além de me fazer sentir apaixonada por mais de um ano e meio já vai trazer consigo aquela visão linda de família, bebês, um labrador e uma casa de campo.

Mas... a base que tenho para dizer, com tanta propriedade, que não quero casar nem ter tudo o que vem atrelado ao casamento é bem fundamentada em experiências familiares. Para provar isso, vou abrir um fato que aconteceu na minha família...

Eis que essa família tem uma cachorra e eis que essa cachorra é muito tinhosa. Toda noite (faça tempo bom ou ruim) algum membro da família a leva para seu passeio noturno. Em dias de chuva e tempo ruim, naturalmente, a cadelinha é mais resistente... afinal, não é nada agradável sair por aí com o pé gelado e molhado...

Cada um tem seu macete: O patriarca da família, normalmente, toca o interfone para atiçar todo o instinto canino do ataque ao desconhecido... não deixa de ser uma ótima maneira para “chamar” a mascote ao passeio. Ela sempre atende... No entanto, a matriarca, acha mais coerente jogar uma bolinha na calçada, e fomentar, então, o instinto pega, totó. Técnicas à parte, ambas funcionam, exceto quando usadas em conjunto. Quando mamãe e papai se juntam para levar a estimada cachorrinha para passear, além de gerar uma confusão mental na coitada (com tamanhos chamarizes e engodos), sempre, eu disse SEMPRE, causa briga entre os dois.

Hoje não seria diferente. Após diversas tentativas, a cachorra se rendeu, fez o passeio e entrou em casa feliz e sorridente. Enquanto isso, mamãe e papai discutiam o melhor método. Cada um defendia o seu, obviamente. Nenhum dava margem ao entendimento, pois isso era sinal de fraqueza... Sempre foi assim, em pelo menos 16 dos 32 anos de convívio.

A discussão foi esquentando, esquentando... Ouvi a gritaria do quarto e resolvi entrar na briga: “QUE RIDÍCULO, OLHA O MOTIVO DA BRIGA!” Isso soou como pimentinha nos olhos da galera... Uns segundos de silêncio, uma espécie de reflexão... Até que o sossego é rompido por uma voz: “MAS O TEU PAI NUNCA DÁ O BRAÇO A TORCER!”. Indignada, não pensei muito: “MEU PAI NÃO ADMITE. VOCÊ NÃO ADMITE. NINGUÉM ADMITE NADA NESSA CASA!” Mais pimenta. Os papéis visivelmente se inverteram. Lá estava eu, dando sermão na minha mãe e lá estava ela, de volta aos 15 anos, traçando um caminho, sem escalas, ao quarto da minha irmã, batendo e trancando porta.

(...)

Pra concluir: já se passou uma hora e minha mãe continua trancada. Meu pai está jantando, sozinho, na cozinha. E eu estou aqui, deitada ao lado da cachorra-estopim-da-guerra, escrevendo esse monte de porcaria pra você! =)

Até hoje, não conheci nenhum casal feliz para sempre... E eu tenho a péssima mania de fugir de coisas que não estão como eu queria que estivessem... (vide vínculos empregatícios rompidos só em 2009). Ou seja: casamento e Laura não parecem combinar muito bem... Lógico que casar, ser mãe, ter família... deve ter um milhão de momentos felizes. Mas também deve ter esse outro milhão de coisas chatas que eu prefiro escapar.

Um amigo meu, esses dias, definiu casamento como “passar a vida do lado do teu melhor amigo”. Parece bom, né? Porém, quantas vezes você já ouviu alguém falando “que se você tem um amigo, não deve dividir um apartamento com ele”?

(...)

Pensamento final: Quero, num futuro bem próximo, realmente me importar apenas com o que interessa. Sem poupar carinhos e até mesmo brigas ao que vale a pena.

Homo Volans



Já que o assunto é música independente:
Nova música da Zava disponível para download!

Zava - Homo Volans (música nova)
Baixem!

;o)

Publicidade com conteúdo

Salve!

Dessa vez, deixando um pouco de lado toda a parte sentimentalóide desse blog, que prevaleceu até agora, vou postar uma iniciativa que considerei muitíssimo bacana!
Se trata do site Trama Virtual (que por si só, já é um grande site!), mais especificamente de um desdobramento desse site, o Álbum Virtual.



Ok, pode não ser mais novidade pra ninguém, mas ainda é pra mim. E uma novidade bem boa e criativa! Nesse espaço, você pode baixar todas as músicas gratuitamente, fotos, letras, extras, folhar o encarte, etc etc etc. Uma versão virtual (e completa) do trabalho de alguma banda! Só por isso, a história já é boa, mas aí vem a parte mais legal: o download, que, para nós, é disponibilizado gratuitamente, se converte em um valor para a banda (não só de divulgação, conhecimento de trabalho...). Os patrocinadores (no caso atual Volks e VR) possuem uma verba reservada para a remuneração desses downloads: quanto mais downloads a banda tem, maior é o incentivo financeiro que ela receberá do seu apoiador. Leia mais aqui.

Muito bacana! Assim, o contexto fica bom para todo mundo: Para o usuário, que tem a sua disposição conteúdo novo, exclusivo e gratuito; para o site Trama Virtual, por poder oferecer conteúdo multimídia, gerar mais acessos, visualizações e comentários e formar assim, um caráter de prestígio e confiança tanto com seu público consumidor quanto com o de artistas; para a banda, pois divulga seu trabalho, torna-se conhecida e ainda recebe valorização (em cifras!) por isso; e, é claro, para o patrocinador que, por sua vez, além de inserir sua publicidade, ainda fica super bem visto no meio do cenário de música independente (sejam próprios músicos, produtores, gravadoras ou público em geral).

Ta aí, publicidade também pode ser, além de criativa, inteligente e com conteúdo (gratuito! =P). Tão de parabéns!



(escrevi tipo bicho, mas tá valendo!)

Meu Joelho Juvenal

O Joelho Juvenal

Era uma vez um joelho
Que se chamava Juvenal.
Juvenal tinha um problema,
Coitado:
Vivia todo escalavrado.
Também, quem mandou
O Juvenal ser joelho
De um menino levado?
Juvenal queria muito
Aprender língua de menino
Só pra falar assim:
“Menino, tem dó de mim!”
Mas,
Quando o esfolado sarava
Juvenal bem que gostava
De correr e de saltar.

E ficava muito atento
Conversando com o pé
(Pois joelho e pé se falam):
- Cuidado aí, companheiro!
Pode ser que no meio do caminho
Tenha uma pedra, tenha uma
Pedra no meio do caminho...
...E aí,
Você tropeça
E quem vai sofrer
Sou eu.
Mas, não adiantava nada!
O pé sempre tropeçava
E lá ia o Juvenal
Outra vez pra enfermaria!
Imaginem o Juvenal
Em que estado
Ele estava
Quando as férias acabavam!|

Mesmo assim,o Juvenal
Gostava muito da vida,
Do vento ventando nele,
Quando o menino corria,
Todo feliz pelo mundo.

(ZIRALDO)





Quem foi meu colega de pré-escola, aposto que também lembra deste texto muito bem!

A questão é que, contrariando todas as segundas-feiras, hoje o dia começou bonito (levando em consideração o que havia acontecendo com o tempo caxiense...) e de bom humor! Oito horas, ninguém mais em casa (isso também não é usual...). Maravilha!!! Ninguém dormindo pra atrapalhar. Pega o rádio. Leva o rádio pro banheiro. E, ótimo! Toma banho ao som de James Morrison – Wonderful World (entre outras, claro...). Coloquei minha “cueca da sorte”: Wonder Woman. E não basta usar, tem que acreditar! Vesti, acreditei! Hoje sou a mulher maravilha! Foi, então, que decidi que o dia hoje vai ser bom! Vou tentar deixar a depressão pra semana que passou!

Antes de acabar de me vestir, dei uma analisada profunda no puta-raspão do meu joelho/perna/pé. E claro, fiquei ali, cutucando. Sempre faço isso... Alguém aí também tem a mania de NÃOCONSEGUIRVERUMACASQUINHADEFERIDA sem mexer? E normalmente, quando mexe, fica ainda mais “escalavrado”. Sangra, machuca mais e leva mais tempo ainda pra cicatrizar.

Não vou generalizar, mas falo por mim: eu cutuco casquinha de ferida por um único motivo: A ANSIEDADE. Sou ansiosa para que cicatrize, passe e eu logo trate de esquecer que tenho joelhos, até me espatifar no chão e ralar eles de novo. Aí vou lá, fico mexendo, dia sim, dia não. Só esperando que por debaixo da casquinha, tenha um joelho sadio e sorridente, pronto pra outra! Não é sempre que isso acontece... Aliás, quase nunca. Normalmente, “fuçar” só prolonga a dor e o incômodo. Nem por isso a gente aprende.

Aí, continuando a viagem, na minha cabeça veio uma lembrança de um trabalho de aula que tive que fazer ano passado (esse a Gabi vai lembrar!): “Ferimentos cobertos cicatrizam até 3x mais rápido, e o melhor: Sem deixar marcas!” Alguém aí sabia disso? Não, né? Exceto a Gabi, que também fez esse trabalho... Pois é, segundo estudos da Johnson & Johnson - Band Aid, deixar o “ferimento à mostra”, usando a desculpa de que assim ele “seca mais rápido”, logo, fica bom também mais rápido, não é verdade. Bom mesmo é deixar protegidinho de bichinhos malvadinhos que estão no ar, no tecido, na roupa, etc. e vão só piorar a recuperação. Legal! Peguei um super band-aid e pronto, tapei tudo! Não tenho certeza de que vai funcionar, afinal, na troca de band-aid, terei que me controlar! Mas... tentamos, não é?

Então, criei uma teoria sobre o uso dos band-aids: Você esconde o machucado. Não só dos bichinhos malvadinhos muah-há-há, como também de si mesmo. Sem ver, sem tocar, sem fuçar, você esquece... Lógico que seu machucado vai escafeder mais rápido se você não ficar ali, em cima, atrapalhando... Mas esquecer é tão difícil... mas tão difícil, que eu só esqueço de coisas importantes (como o livro da biblioteca)... e pra essas coisas idiotas (como ralões de joelhos), sempre preciso de uma ajudinha.

Aí, cito Ziraldo e o seu texto do Joelho Juvenal. Todo mundo tem um Joelho Juvenal ou É um Joelho Juvenal. Meus dois joelhos são Juvenais, muito Juvenais. Quem mandou serem joelhos de uma menina estabanada! E eu também, sou muito Juvenal. Um Juvenal que detesta se machucar, mas que adora o vento ventando e aquele quê de perigo em correr rápido demais, ignorando os paralelepípedos soltos ou os barrancos nas calçadas.

Perfeição?

Depois das minhas aulas de TV e de Administração, decidi que vou escrever mais. Pra quem sabe um dia escrever melhor... ou pelo menos pra conseguir passar, com clareza, pro papel (seja ele físico ou virtual) tudo o que as minhocas da minha cabeça pensam.

Vou começar com uma história antiga que foi a encorajadora de escolher esse domínio para o blog. Sete retalhos... Bom, o sete é um caso de amor pessoal com esse algarismo, e não deixa de ser uma forma de deixar tudo mais particular. Mas os retalhos...

Era uma vez, em meados de 2007, uma garotinha que resolveu tentar a sorte na faculdade e se matriculou em uma cadeira chamada “Laboratório de Criatividade”. Lógico que essa garotinha era eu. A mesma cadeira que me incentivou a fazer o curso de PP, serviu como um tratamento psicológico, logo no primeiro trabalho prático. Se escrever expõe, ter idéias, executar, apresentar e defender, com certeza expõe muito mais!

“Anúncio Próprio” era o título do trabalho. Sim, se você fosse se vender para alguém, o que deixaria à mostra? Qual defeito, qual qualidade? Parece loucura mostrar defeitos, não é? Bom, o anúncio de uma das minhas colegas era uma “rosa murcha”... ela disse que isso a retratava bem! Estranho... Bom, aí começou uma imensa viagem em cores, estilos, pensamentos. Pesquisar sobre si mesmo é não só interessante como deixa um saldo positivo pra caramba!

Comecei a produção do layout indo a uma loja de tecidos e comprando tudo o que eu achava de mais colorido por lá... Tecidos, texturas, cores, listras, bolinhas, corações, fitas. O material todo parecia perfeito... ...para uma roupa caipira, quem sabe. No meio de tanta opção, alguma delas daria corpo, e de preferência um corpo bonito, a uma idéia que eu nem tinha ainda.

Em casa, à montagem! Aquele monte de material descombinado entre si foi cortado, colado, moldado... e pouco a pouco eu tive uma moldura bem diferente de qualquer idéia inicial, o que não é ruim, afinal, quase nada sai do jeito que imaginamos! Aquele “quadro do fiasco” ainda precisava de uma frase e uma assinatura. Mergulhando mais um pouco na memória e nos processos de “construção de caráter” dessa vida, lembrei de frustrações infantis. E elas merecem um parágrafo próprio:

(Quando eu era menor...) Nunca fui a melhor na escola, sempre ia bem, mas nunca fui a melhor. Minha irmã sempre teve as melhores notas do mundo! Nunca desenhei bem (ou não o quanto gostaria), meus desenhos sempre ficavam tortos, desformes. Não me dava bem com os lápis de cor, degradês eram coisas que, pra mim, só existiam com perfeição no Word Art. Enquanto a Veri (irmã) tinha desenhos que eram a síntese da perfeição. Quase fotografias! Ela sempre teve riscos lindos, sempre soube lidar com cada nuance muito bem, de modo que cada cor ficasse em seu lugar ocupando o seu espaço e enchendo os desenhos de harmonia. E por fim, sempre me achei um patinho feio, desajeitada enquanto a mana sempre foi uma princesinha. Então, a vida passou, eu me interessei (mais) por publicidade, por desenho e por cores... a vida passou mais um pouco e eu comecei a trabalhar com isso. O certo “tabu” que eu tinha com os meus desenhos teve que ser rompido. Se eu não sabia fazer retratos manualmente com papel e carvão, como fazia a Veri, eu tinha que encontrar uma maneira minha de retratar o que eu precisava.

Aos poucos, fui me descobrindo. Fui descobrindo que meus “desenhos tortos e desformes” podiam parecer monstros para mamãe e papai. Podiam ser mutantes para a Veri. Mas pra muita gente por aí, incluindo a mim mesma, seriam os meus monstrinhos queridos e cheios de personalidade. Passei a valorizar aquele “feio bonito” que, vejam só, agora viraria moda com toyarts e pinturas malucas... Não escondo de ninguém que AMO toyarts e todos esses tipos de monstro, me identifico.

A vida passou ainda mais, e foi mostrando o real significado de perfeição. Perfeição é chata. Se tudo fosse perfeito, como nos utóóóópicos pensamentos, a vida teria um tanto menos de emoção. E emoções, sendo boas ou ruins, felizes ou tristes, são necessárias! Diariamente (ontem inclusive) tenho provas de que perfeição não funciona!
=P

A chamada que “me venderia” estava escolhida: “Perfeição nenhuma nos faz sentir vivos.” Ao lado, uma das minhas menininhas-monstro, que só se sabe que é uma menina pelo senso comum, mas se considerarmos a imagem real de uma garota, a minha está loonge de ser um ser humano! Em baixo, “Lula”, claro. Amo meu nome (Laura), muito... mas apelidos acabam sendo mais simpáticos.

Juntando frase e fundo+moldura.. Deu nisso:














Ah, claro, faltou achar uma explicação pra tantas cores e estampas e texturas e laços e fitas. Essa é fácil. Eu sou uma colcha de retalhos! Ou um anúncio de retalhos. Ou uma boneca (óó) de retalhos! Minha personalidade só é personalidade pelo motivo de existir dezenas de pessoas importantes perto de mim que me mostraram do que gostar ou do que detestar. Tenho um pouco de Foo Fighters, de Kleiton e Kledir, de Teatro Mágico, de Killers, de Beatles, de Zeca Pagodinho, de Demônios da Garoa, de Zeca Baleiro, de Mr Big e de Sister Hazel. Tenho um pouco de casa, e um monte de rua. Tenho um pedaço aqui, outro nos EUA, e um milhão deles no Bairro Cruzeiro. Tenho um pouco de trabalho, um pouco de festa. Um pouco de música, um pouco de arte. Um pouco de churrasco, um pouco de pizza, um pouco de pipoca. Um pouco de filme, um pouco de show. Um pouco de Dogville, um pouco de Crepúsculo (ou de In-to the Wiiillldd, pra melhorar minha reputação =P). É tudo tão diferente, tão extremo, que vendo de longe, jamais conseguiria achar uma explicação pra tudo isso combinar tão bem. Mas quando junta tudo, vira isso. Vira “eu”. Quanto mais gente eu conheço, mais retalhos eu recolho e distribuo, e costurando vai acabar em um super fuxico colorido!

E esse foi meu trabalhinho. Acho que um dos que eu mais tenho orgulho na minha vida acadêmica. Um dos mais difíceis de apresentar, desses que a voz treme e o olho enche de lágrima! Me expus, perdi o 50% do medo de exposição e o melhor: fiz amigos. Rá!

Todo mundo que é meu amigo já deve ter ouvido essa história inúmeras vezes. Adoro contar ela. Sempre fico meio emotiva. =P

Se eu for parar pra contabilizar quantas pessoas existem dentro de mim, nem vou saber contar. Mas sei que uma vez junto, fica pra sempre. Certeza que sim. =)

Sinceros agradecimentos a Marcos Brod Jr, que, além de um excelente professor, desempenhou (mesmo que sem saber) papel de psicólogo e de protagonista de um amor platônico que ainda dura.

NOTA: revisar o texto antes de publicar. #FAIL total. heeheh

Pai, me ensina a ser palhaço?

E aí você descobre que alguns dias, semanas, meses, anos são pouco pra conhecer alguém. Mas não são pouco para gostar e muito menos são pouco para sentir saudade. Você conhece pessoas todos os dias e algumas nem fazem diferença... Algumas ficam parasitando a nossa vida por muito tempo, ali, à toa, pra do dia pra noite virarem grandes amigas.

Eu, especialmente, faço muitos amigos na madrugada! Com meus cinco maiores e melhores amigos, foi assim. Vezes chorando de “amores” perdidos, vezes combinando de mudar de vida no Body Combat, dividindo experiências frustradas, combinando de jogar Campari nos outros. Vezes on line, vezes pessoalmente...

Nunca escondi de ninguém o orgulho que eu tenho dos meus amigos e que sempre que começo a falar sobre isso, me empolgo, me perco... Acho que é assim com tudo o que a gente gosta muito, não é? E é com finais de semana como o que passou que eu justifico todo esse meu orgulho!

Não vou descrever o meu final de semana, até porque, se eu fizer isso, vou perder todos os meus tópicos de assunto para a semana inteira! Mas vou deixar alguns ensinamentos aprendidos nesses dias, que foram a “moral da história” do meu mês, e eu julgo bem importante:

1. Festas surpresas são sempre festas surpresas. Como já ouvi por aí, a sensação de darmos presentes é equivalente a de recebermos, por isso gostamos, no geral, de presentear. Por quê? Pela surpresa, CLARO. E sabe, eu nunca tive uma festa surpresa, mas suponho que organizar e realizar uma é tão bacana quanto ganhar uma! Surpreender é fantástico, emocionante.

2. Nunca deixe seus amigos sozinhos na sua casa. Fitas isolantes tiram tinta de parede. Tijolos e cabos de vassoura quebram.

3. A história de existir no mundo outras 5 pessoas (5 ou 7?) iguais a você, é verdade.

E acho que as duas mais importantes de todas:

4. Dor constrói o caráter (milésima vez que falo isso, pra todas as ocasiões), qualquer tipo de dor. Perder a lisura da pele (seja do pé, do joelho, do nariz, da perna ou do coração), além de deixar marcas de vida (visão extremamente positivista!), é um poderoso agente de riso!

5. Não importa o tamanho do mau-humor, do complexo, da tristeza, da preguiça. NADA VÊ ficar em casa. Esperar a vida passar, se trancar no banheiro esperando a morte chegar, ficar resmungando que o mundo é uma bosta, que a vida nunca dá certo e blábláblá é PERDER TEMPO. Bom, cada um sabe do seu tempo... Mas se for pra perder tempo, que se perca tempo com algo que faça sorrir.

Mas bom, e no fim das contas, quanto tempo leva para conhecermos alguém? E para sentirmos saudades? Quanto tempo? Maldito pensamento de que para sentirmos saudades o tempo tem que passar... Sinto saudade de ontem e dos anos passados, ao mesmo tempo. Saudade pode até se encaixar bem em todos os adjetivos frios e tristes que existem por aí, mas pra mim, saudade é o gosto doce que fica de alguma coisa que passou.

O meu final de semana acabou há algumas horas, e eu já sinto saudade dele. Que venha o próximo, que com certeza vai ser muitíssimo mais carregado de saudades.



E pra acabar, amo esse texto. E acho aplicável a muitas outras coisas na vida =)

Pai, me ensina a ser palhaço?

“O filho tinha vergonha do pai por ele ser palhaço, palhaço de um circo sem futuro. Ele decidiu que seguiria outro caminho, então foi pra capital e se formou dotô. Anos depois, recebe a noticia que seu pai está no leito de morte. Ao chegar, colocou seu jalego de lado, se acocorou ao lado do pai e disse:

-Pai, me ensina a ser palhaço;
Pai, me ensina a ser palhaço;
Pai, me ensina a ser palhaço!

E o pai, olhando para o filho, respondeu:

-ISSO NÃO SE ENSINA, SEU BOSTA!”



Segunda-feira sempre me pareceu um dia que não foi feito para o trabalho. Definitivamente. Tudo, tudo, tudo parece mais atrativo do que a pauta. Anteontem não foi diferente... Dias chuvosos são a oportunidade perfeita pra pensar em um bocado de coisas pouco importantes.

Essa segunda, eu e um amigo resolvemos que iríamos filosofar sobre assuntos esquisitos, no estilo de: De onde viemos? Para onde vamos? Deus existe? O que nos tornaria cidadãos imortais? O que eternizaria uma música?

Bom, o papo foi longe... O bastante para darmos risada de traduções infelizes (vide Astronauta de Mármore – Nenhum de Nós) e para compartilhar uma teoria que eu já tinha faz tempo. Que aqui está:

Quem aí nunca quis ter um cachorro? Com raríssimas exceções, todo mundo já quis muito um focinho para levar correr no parque, para fazer carinho na barriga, para jogar uma bolinha ou uma varinha looonge e o animalzinho ir correndo, buscar e entregar na sua mão... E quando nós queremos muito uma coisa, seja ela qual for, ficamos cegos e burros!

Com cachorros, é claro, não seria diferente. Nenhum cachorro no mundo é mais engraçadinho do que aquele que escolhemos para ser nosso. Nenhum é mais inteligente, mais fofo, mais educado, mais alegre. Nenhum. Nada nos fará mais feliz do que aquele cachorrinho correndo pelo pátio, atraindo olhares dos vizinhos, ajudando-nos a fazer amigos novos, brincando, nos esperando na porta ao voltarmos do trabalho com um rabinho insistente, pedindo comida junto à mesa, implorando com aquela carinha linda “pidão”, passando mal de tanto comer, vomitando na nossa cama, sujando nosso tapete, roendo nossos sapatos ou mesmo roubando nossos suéteres para usar de cobertor.

A partir daí, entendemos que algumas coisas ruins fazem parte das coisas boas... A velha história do equilíbrio. Aceitamos o fato de que para termos o bichinho, precisamos levá-lo ao veterinário, ao pet-shop, banho, tosa, passeio, e mais um monte de outros cuidados. Nada importa. Nenhuma nova tarefa é trabalhosa o bastante para fazer-nos desistir dele, afinal, ele é perfeito e vale a pena! Propomo-nos a cumprir todas elas e pronto: adotamos um cachorro!

Aquele sentimento paternal (ou maternal) encarna em nós. De um dia pra outro, queremos sair mais cedo do trabalho para ir correndo cuidar daquele filhote que chora a solidão em casa. É adorável o ver feliz com a nossa presença. Cada momento é especial. Acho que o cachorro é o ser que mais nos faz sentir especiais no mundo. Ele está lá, na dele, nos amando... de graça! Amor de graça. Parece perfeito!

Com o tempo, o cãozinho passa a ser rotina... Sair para passear com ele em dias de chuva já não é mais tão bem aceito como era antes. A sujeira no tapete, as cadeiras roídas, os 32 suéteres rasgados que ele roubou da pilha de roupas para se esquentar (e talvez até para se sentir menos sozinho, pois pelo menos estaria com a companhia do nosso cheirinho na malha...)... Tudo isso perde o encanto. Aos poucos vamos descobrindo que adotar um cachorro tem toda a sua beleza, mas é claro, tem toda a sua dureza. De saco cheio, acabamos relaxando. Ao chegar em casa e ver a cauda frenética e cheia de alegria, respondemos apenas com um breve afago na cabeça: “bom menino”. E a vida segue.

Amamos muito aquela bola de pêlos. Mas também amamos muito a nossa vida, nossos amigos, nossa família, nossos hobbies, nosso momento de querer ficar sozinho, de sair pra balada. Amamos viajar, amamos decidir passar uma noite fora sem precisar documentar e providenciar tudo. Não só uma noite, quem sabe um dia? Um final de semana?

Amar, adotar e cuidar traz consigo uma carga inteira de responsabilidades. E não cumprirmos com tais responsabilidades nos deixa tristes, principalmente por saber que estamos ferindo os sentimentos de outro serzinho que de nada tem culpa por não termos tempo para dedicar a ele. É cruel sairmos de manhã cedinho para trabalhar, aí já emendamos um almoço fora de casa, mais umas cinco horas de trabalho, happy hour. UPS! Já são 21hs e nem sinal de vida no lar. Independente do que aconteça, quando voltarmos, a reação vai ser sempre a mesma. Aquele momentinho de felicidade que foi esperado o dia inteiro pelo nosso amiguinho chegou. E não vai durar mais que 30 minutos.

Depois desse relacionamento com nosso estimado cão, criam-se as hipóteses:

I. Ficamos muito tristes. Como antes já foi dito: o amamos muito. Adoramos a sua companhia. Ele é um ser fantástico e especial e faz sentirmos como se fossemos únicos. Parece perfeito. Mas pelo sentimento ser tão grandioso, preferimos deixar o egoísmo de lado e procurar outra família para ele. Quem sabe com crianças... Mais tempo para brincar, mais espaço, mais liberdade. Amamos tanto, que preferimos vê-lo bem e livre. Não preso em uma casa pequena à espera de umas migalhas de carinho. Ficamos feridos, “órfãos”, mas no fundo sabemos que é o melhor.

II. “É só um cachorro” (acho que esse é o pensamento mais comum). Continuamos com ele, nessa situação. Ele não reclama mesmo, não é? Recebe comida, abrigo até obedece quando ordenamos: “Toby, senta”. Deve adorar essa vida... Mordomia...

III. Mudamos nossos hábitos. A quem merece, seja dado o devido cuidado. Passamos a incluir ele na nossa vida como parte importante, cuidamos, damos carinho. Afinal, se o adotamos e assumimos a responsabilidade, não passa da nossa obrigação. Salvo alguns casos, isso só acontece depois de uma doença ou algo do gênero que nos ameaça a perder o companheiro pra sempre. Aí tentamos consertar os erros para que não passemos nos culpando o resto da vida por não termos aproveitados bons momentos por apenas julgarmos não ter tempo.


Hoje, se não tivesse a Lila, não sei se iria querer ser responsável por outro cãozinho... Ter cachorro em casa é ótimo, fantástico. Mas ser cachorro, dentro de casa, não deve ser tão fantástico quanto... Sempre defendi os gatos, inteligentes, independentes e cheios de personalidade. Sabem se virar com ou sem você. Defendem-se, pedem e oferecem carinho, mas a hora que bem entendem. Para ter um gato, é preciso ter também sintonia, compreensão e respeito. Mas claro, ter cachorro é mais fácil: não precisa pensar no outro. Afinal, você que manda!

Eu mesma já fui muito Beagle nessa vida... penso que é hora de ser um pouco mais Bengal...

Prometo pensar num layout pra esses retalhinhos amanhã =)

Foi!!

Sobre o blog:
- Não esperem nada fantástico. Meu forte nunca foi escrever, aliás... sou péssima nisso. Não sou muito ligada na reforma ortográfica, em vírgulas, pontos e em vocabulário refinado. Se eu tiver dificuldades, vou fazer um desenho, ok?
- Não vou me esforçar pra divulgação desse blog, muito menos fazer campanha para que as pessoas entrem e se tornem seguidoras dele. Prepotente demais.
- Sou carente! De conversa, principalmente. Vez ou outra, vem uma onda de pensamentos juntos e eu preciso colocá-los pra fora, imediatamente. Isto aqui vai ser meu bauzinho, onde externizo (existe isso?) todos eles. Então, (vou parafrasear algo que li por aí), leitores, que devem ser no máximo 2 (você que tá lendo e no máximo, mais uma pessoa..), sejam bem vindos, voltem sempre e comentenzinho, pra eu me sentir feliz e menos só! =P